A arte de flanar
Em tempos de capitalismo e alta tecnologia, ser um flanêur é algo atípico.Todos buscam o progresso e a melhoria de vida, para isso o trabalho frenético e o excesso de compromissos são indispensáveis. Com isso, flanar por aí tornou-se atividade para poucos.
Alguns consideram esse ato como apenas andar sem se preocupar com o destino, sendo portanto pouco relevante. Entretanto, alguns pensadores como Walter Benjamin, tratam essa atividade com bastante estima. Eles veem nela a oportunidade de aumentar a sensibilidade com o mundo, percebendo então particularidades do cotidiano que, muitas vezes passam despercebidas em nossa vida cheia de afazeres. Assimilar as diferenças das ruas, das pessoas e da rotina da urbe faz com que o flanêur viva um deslumbramento indescritível.
No livro " A alma Encantadora das Ruas" de João do Rio há uma série de crônicas jornalísticas, nas quais a vida de um flanêur pelas ruas do subúrbio do Rio de Janeiro é contada com bastante influência poética.Ter a experiêcia sensorial de um flanêur não só aumenta nosso conhecimento sobre mundo como também nos revela o lado idílico da vida. Flanar se torna imprescindível para entender tudo o que nos cerca, pois a partir dessa percepção nos integramos à infinidade de minúcias presentes nesse mundo.
sexta-feira, 6 de março de 2009
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