terça-feira, 28 de abril de 2009

Impressões de Inhotim



Chris Burden - Samson, catraca, engrenagem de rodas dentadas, tira de couro, macaco mecânico, toras de madeira e placas de aço, dimensões variáveis, 1985. Foto: Eduardo Eckenfels

Impressões de Inhotim

O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, foi criado em 2005. Lá se encontra a mescla da arte com a natureza, pois além do acervo de arte contemporânea há também uma variada coleção botânica no local.

A arte nacional e internacional é exposta de diversas formas, dentre elas, pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e vídeos. As galerias dispostas pelo espaço do instituto recebem cada uma, exposições de diferentes artistas.

Uma dessas é a Galeria Lago onde há, na sala de entrada, a obra Samson, do artista norte-americano Chris Burden. Essa obra me chamou atenção por criticar e questionar o ambiente destinado à exposição das obras. O artista tenta “destruir” as paredes do museu causando uma tensão implícita e fazendo-nos refletir sobre essa ação.

De fato a arte não deve ficar restrita a museus ou a galerias, pois todos devemos ter acesso a ela para que o nosso conhecimento seja ampliado. Quando o artista tenta “quebrar as paredes” com sua obra ele cria um conceito, no qual podemos absorver a arte em qualquer ambiente.

Esse conceito é uma das essências de Inhotim, pois há exposições externas às galerias, o que nos dá a oportunidade de experimentar a combinação arte-natureza e assim termos novas e diferentes sensações que são distintas daquelas vividas dentro dos museus tradicionais.

O vínculo com a inovação, presente em Inhotim, faz dele um lugar com grande potencial para experimentação de novas idéias, porque há a possibilidade de criar, criticar e vivenciar inúmeras situações nos ambientes lá oferecidos. Espero poder usufruir de todo esse potencial e voltar de lá com um bom acréscimo em meu conhecimento empírico e cognitivo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Visita ao Museu Inimá de Paula


MUSEU INIMÁ DE PAULA

A mostra de arte cibernética no museu Inimá de Paula é bastante interessante. Evidencia-se o contraste entre a arte “tradicional” de Inimá e os objetos expostos nessa mostra.

A tecnologia explorada nas obras de arte é associada à interatividade já que a maioria delas pode ser manipulada pelo observador. Isso torna a visita ao museu algo envolvente, pois ao interferir no objeto tem-se uma sensação de maior contato com a arte. Assim cada pessoa pode criar sua própria experiência pelo museu.

Cada elemento exposto explora a percepção do visitante uma forma distinta. A escada digital "brinca" com a noção de espaço já que quando se move sobre aquele anteparo escutam-se os sons próprios de um movimento em uma escada, logo se tem a ilusão de estar em outro ambiente distinto do museu.

Outro objeto que chama atenção é a máquina de escrever já que as letras ganham vida. Essa máquina dá margem a muitas questões como, por exemplo, o poder que se tem ao manipular as palavras e o que estas podem gerar a quem as escreve. Os bichos que “nascem” das letras também se alimentam delas, mostrando talvez a dependência que o homem tem perante as palavras.

As demais obras também criam outras sensações, mas de uma forma geral pode-se concluir que a influência da tecnologia na arte torna-a mais rica e ajuda a melhorar o contato entre o visitante e os objetos.