sexta-feira, 10 de julho de 2009

E a palavra é... Argúcia!

Desde muito tempo não conheço pessoas tão extraordinárias quanto os professores do AIA. Não, eu não estou puxando saco nem nada. Como diriam eles... nota não serve pra provar muita coisa, o que vale é o que você apreende consigo. Realmente é muito verdade isso.

As piadas e críticas um pouco ácidas que são próprias de minha personalidade talvez tenham gerado alguma impressão errada. Às vezes eu falo de mais, reconheço; entretanto o que escrevo agora está da maneira mais suscinta possível: nunca aprendi tanto em um semestre quanto neste! Aprendi com eles, com meus novos amigos e comigo mesma. Cada um contribuiu na minha evolução e queria muito continuar essa parceria divertida durante todo o curso(se é que eu vou chegar ate o fim né...)

Enfim, nós sabemos que sentimento é incomensurável, portanto deixo o amor que sinto por todos como a forma de agradecimento mais virtual possível... porque amor, é claro, transcende o polivalente!

Um beijo,

e boas férias!
:)

Palestra Ronaldo Macêdo


Palestra Ronaldo Macêdo

A palestra que tivemos na E.A. foi bastante interessante e também intrigante! Durante o decorrer do evento fui assimilando minúcias do palestrante e na finalização percebi uma intensa introspecção artística, porém ao mesmo tempo meus olhos viram uma grandiosa vivacidade, com vontade de revitalizar a situação presente.

Todos os trabalhos mostrados eram "bem resolvidos", como diria um professor de plástica... mas o que mais me demandou atenção e, mais tarde uma reflexão foi o do "Homem Azul". Nessa obra-evento podemos ver claramente o conflito humano consigo mesmo e com todos que o cercam. Fiquei me imaginando na pele daquele indivíduo... Será que somos bem resolvidos o bastante para ter essa experiência de total isolamento e exposição ao mesmo tempo?

Eu particularmente vivo diariamente a sensação de ser exposta a esse mundo-eternamente-intrigado-com-o-diferente, mas não consigo me colocar na posição do silêncio. Acredito que é essencial expor nossas particularidades e nos posicinarmos diante das colocações de outrem.
A crítica que absorvi do trabalho de Macêdo é esta: Não se cale diante do presente, caso contrário a subordinação será constante.

Intervenção: Análise crítica do processo e do produto

Com a intervenção evolui muito em relação ao que pensava sobre arquitetura. Pude entender que existe uma diferença enorme entre propor e materializar uma ideia.
Durante todo o processo muitas dificuldades surgiram, mas com a ajuda dos professores pudemos conciliar as propostas que tínhamos e gerar algo que, acredito eu, teve um resultado agradável.
Graças a minha crise de abstinência de vida( entenda-se por passar mal por causa de esgotamento físico) não pude comparecer no evento de abertura da nossa Intervenção Paralelo. Por isso minha análise crítica do resultado é mais virtual do que realmente objetiva. Com base nas fotos e nas impressões dos outros componentes do grupo pude tirar minhas conclusões e creio que fizemos um bom trabalho.

Atualizando o blog... O tal do making off da intervention

Primeiro tivemos milhares de ideias a respeito da disposição dos barbantes... foi bem angustiante

Logo em seguida a nossa ideia fantástica de pendurar 15m de TNT
e de lona pelo lado de fora do prédio... o ventinho ajudou tanto, só se viam panos voando alto.
O desenvolvimento do Processing interativo: muito trabalho e um efeito igualmente interessante

Quando amarramos o último barbante na infindável escada do Adapte-se tivemos nossa apoteose interativa! Nunca pensei que ficaria especialista em amarrar barbantes estudando arquitetura... Praticamente formou-se uma equipe de tecelões da madrugada.


Documentação: Pré entrega do objeto interativo (1º objeto)

Este é meu primeiro objeto interativo .Ele era feito de isopor, papel alumínio, uma lanterninha, recortes de revista e um piano de brinquedo. A lógica consistia em ler os números quem estavam dentro da caixa de isopor e tocá-los no pianinho, gerando a música Asa Branca.


A crítica dos professores me fez aprender que um objeto interativo deve ser mais aberto a experimentação do público e não tão pré- determinado quanto foi meu primeiro objeto interativo.
As ideias amadureceram e o conhecimento adquirido contribuíram para a construção do meu segundo obejto interativo, já apresentado aqui no blog.


Atualizando o blog...Sketshup: Museu Oi Futuro II (Animação)

Atualizando o blog...Sketshup: Museu Oi Futuro I


Imagem feita no programa Sketshup com o intuito de transmitir a sensação da visita ao Museu Oi Futuro.

Atualizando o blog...Análise crítica Museu Oi Futuro

A primeira sensação que tive ao chegar ao Museu Oi Futuro foi de extremo envolvimento com o ambiente. Por se tratar de um museu que conta a história da comunicação havia muitos exemplos de telefones antigos, demostranto a evolução da tecnologia.

No quesito interatividade, mesmo havendo os fones nos quais o visitante podia escolher qual áudio ouvir, o museu fica a desejar. Como o nome do local é Oi Futuro era imprecindível a presença de mais tecnologias ou ao menos exemplos mais recentes de modelos de celulares, por exemplo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Caderno técnico







Para registrar a intervenção desenvolvemos um caderno técnico com as informações do processo de montagem da intervenção.



Meu caderno ganhou a forma de escada, feito em papel couché e com as imagens impressas nas faces do objeto.

Cadeira de Barbantes







Durante uma oficina de móveis na faculdade desenvolvi, juntamente com alguns colegas de sala, uma cadeira.

O assento e o encosto originais foram substituídos pelos barbantes da intervenção.

O resultado ficou muito bom, a cadeira além de confortável também ficou estruturalmente estável.

O design final é outro resultado satisfatório; a propostra de cruzar os barbantes no acento foi nosso diferencial.



Intervenção

Essência

Intervir em um ambiente implica em acrescentar-lhe bem mais que objetos e materiais. A partir do momento que há alguma modificação física, as características sensoriais também se transfiguram. Tanto de quem intervém como de quem usufrui do espaço.

Na Intervenção Paralelo os barbantes servem de ligação entre a arte e o intelecto. As caixas com os desenhos do grupo se movem por intermédio das cordas e da manipulação das pessoas. A lógica existente é a de movimentos verticais ascendentes e descendentes combinados com a diversa e inesperada vontade do expectador/manipulador (e também manipulado!).

A relação fluente com o público se intensifica com o uso do programa Processing. Ao criar uma nova mídia distinta do plano físico, surge a possibilidade da imersão pessoal.
Os indivíduos se vêem projetados na parede; entretanto essa mesma projeção sofre interferência dos barbantes e das caixas, elementos físicos do ambiente. Isso cria o paradigma entre o objeto real, presente no espaço e a alegoria da matéria, representada pelas projeções vistas nas caixas, nos barbantes e na parede, sendo essa influenciada pelas demais e, portanto, a mais complexa.

A intervenção revela algo pouco óbvio: o elo entre o conceito e a percepção. A partir dele é que se percebe que a informação é absorvida de acordo com a permeabilidade imaginativa de cada um.

Execução

A intervenção Paralelo é realizada em uma das escadas da Escola de Arquitetura da UFMG por Belisa Murta, Felipe Carnevalli de Brot, Fernanda Gomes, Lara Secchin, Marcela Figueiredo, Mateus Lira, Vítor Lagoeiro e eu, Yaçana Lima, todos alunos do primeiro período de 2009. Os quatro andares são “ocupados” com os milhares de metros de barbantes cortados do tamanho da altura em relação ao chão dos corrimãos onde estão amarrados. As laterais do vão da escada são preenchidas por esses barbantes que descem paralelamente e se prendem a ripas de madeira livres de contato com o chão.

O sistema de roldanas funciona a partir de três cordas divididas em sete partes iguais através de marcações. Cada corda possui seis marcações e duas roldanas. Na primeira corda as roldanas ocupam as marcações 1 e 3, na segunda 2 e 5 e na terceira 3 e 6. As caixas são feitas de papel paraná e de desenhos impressos em papel vegetal, com o acabamento em tinta branca. A medida das oito caixas é de 20cmx20cmx20cm em média.

As caixas são presas às cordas internamente através de um furo no centro das faces superior e inferior e de nós nas cordas. Dentro delas há um pequeno circuito a pilha que alimenta a lâmpada de 3V e ilumina a caixa.

Pelo lado externo da edificação está preso o TNT seguido da lona, com a finalidade de diminuir a intensidade da luz e de gerar uma nova ambiência ao espaço.
O projetor é instalado em um dos patamares da escada e projeta a imagem do Processing na parede, sofrendo interferência dos barbantes e das caixas, pois a projeção passa por eles.

O microfone é instalado em um dos degraus e capta som que é transmitido para uma outra intervenção. A comunicação com o outro grupo se faz dessa maneira: envia-se som e recebe-se vídeo, que é transmitido no Processing e visualizado na Intervenção.

Materiais:cola branca
lona preta 4X15m
pesos para estabilizar as ripas
TNT 3 partes de 1,5x15m cada
impressões dos desenhos em papel vegetal
pares de pilhas de acordo com o tempo de duração da intervenção
1 pincel
1 webcam
1 microfone
1 pote de tinta branca acrílica para MDF
2 laptops
2 projetores
2,5 folhas A1 de papel Paraná
4 ripas de madeira
8 roldanas
80m corda de varal
8 suportes para as pilhas
8 bocais para as lâmpadas
8 lâmpadas 3V para lanternas
7080m de barbante

Crescimento

Desenvolver idéias quando há muita liberdade parece tentador, entretanto não foi o que aconteceu. O processo foi muito rico e de grande aprendizado. As idéias surgiam a todo o momento, mas nem sempre eram conexas. Isso nos fez recomeçar do zero muitas vezes. Tentativas frustradas no fizeram ver qual era a estratégia mais adequada para obtermos um resultado satisfatório. Foi com o erro que aprendemos a recomeçar. E agora sabemos que a liberdade de criar é infinita, contudo é preciso decidir inicialmente qual será o parâmetro guia durante o desenvolvimento do processo.


detalhe dos barbantes


vista superior do vão da escada

caixas iluminadas
projeções do Processing


caixas penduradas no vão da escada.

sábado, 16 de maio de 2009

Análise dos Objetos Interativos

Análise feita por Yaçana, Gustavo e Rebekah dos objetos interativos feitos por Felipe, Fernanda Gomes e Belisa

Felipe (http://iconographill.blogspot.com/)
O objeto era composto por cinco mangueiras transparentes, sendo algumas preenchidas por água, contendo uma esfera vermelha vazada no centro do objeto. Ao manipular o objeto, a água era deslocada ao longo do mesmo, fechando o circuito que acendia os leds. Os dois pontos principais do objeto eram a maleabilidade e a transparência. O primeiro ponto permitia que o usuário explorasse a forma do objeto (interação). O segundo permitia a visualização do agente ativador do circuito (água). O objeto atendeu os pré-requisitos que eram a interatividade (entre objeto e usuário); a virtualidade,pois o usuario era capaz de assimilar diferentes experências com o uso do objeto. A água foi uma escolha muito boa pois valorizou o visual do objeto. A única limitação aparentemente é o fato de só uma pessoa poder interagir com ele. Outro aspecto importante é como o objeto se expande no ambiente.

Fernanda (http://fee42.blogspot.com/)
O objeto era composto por um balão que possuía quatro amoebas e leds (que eram acionados pela manipulação do objeto). O funcionamento dependia do contato com o usuário. Ele atendeu a interatividade pois assumia a forma que o usuário desejasse. A limitação se encontra na utilização do objeto, uma vez que só uma pessoa podia manuseá-lo. Por um lado, o objeto não atendeu a virtualidade porque seu efeito ficou contido nele próprio; por outro lado ela se faz presente, já que o objeto era multifuncional, uma vez que envolvia dois sentidos do corpo humano, a visão e o tato, explorando as diversas sensações em quem o experimentava.

Belisa (http://belisafezarte.blogspot.com/)
O objeto era uma luminária com um fotossensor em seu interior. Ao aproximar-se da luz, a intensidade dos leds variava. A interatividade se deu entre o ambiente e o objeto, sendo o usuário apenas um intermediário nessa relação. O movimento era pré-definido, reduzindo o grau de liberdade na manipulação. O objeto, porém, era muito bem resolvido esteticamente. A virtualidade não foi alcançada já que não houve abertura para novas experiências, a não ser a do controle da luminosidade do objeto.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Meu Deus... O Processing!



Ah e descobri que alterando apenas um número o efeito da imagem muda! :)


float distMaxima;
void setup() {
size(500, 500);
noStroke();
smooth( );
fill(0);
frameRate(10);
distMaxima = dist(0, 0.5, width, height);
}
void draw() {
background(189,11,90,189);
for (int i = 0; i <= width; i += 20) {
for (int j = 0; j <= height; j += 62) {
float distMouse = dist(mouseX, mouseY, i+155, j+15);
float diametro = (distMouse / distMaxima) * 15.0;
rect(i+10, j+10,diametro, diametro);
}
}
}

Meu Deus.. O Processing!



Minha escassa experiência como programas de computador e a falta de domínio da língua inglesa só aumentaram a dificuldade para utilização do Processing, infelizmente.
Para mim está sendo bem complexo aprender a criar efeitos, desenhos e as demais coisinhas fantásticas do Processing. Para fazer esta imagem abaixo usei como base um dos exemplos mostrados em aula, alterando apenas alguns dados. Tentei começar a fazer outro, partindo do zero, mas vi que seria quase impossível. Ainda vou tentar, mas por agora esse foi o meu máximo.

Os códigos usados:

float distMaxima;
void setup() {
size(500, 500);
noStroke();
smooth( );
fill(0);
frameRate(10);
distMaxima = dist(0, 0.5, width, height);
}
void draw() {
background(189,11,90,189);
for (int i = 0; i <= width; i += 20) {
for (int j = 0; j <= height; j += 2) {
float distMouse = dist(mouseX, mouseY, i+30, j+30);
float diametro = (distMouse / distMaxima) * 15.0;
rect(i+10, j+10,diametro, diametro);
}
}
}

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Processing: Composição gráfica


Comandos utilizados na imagem do programa Processing:

size(350, 350);
background(0, 250,0);
fill(90,20,30,40);
rect(100, 150, 90, 90);
fill(10,10,30,40);
rect(200, 100, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(300, 150, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(50, 150, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(0, 150, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(80, 150, 90, 90);

fill(90,20,30,40);
rect(110, 200, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(220, 300, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(280, 100, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(80, 50, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(3, 10, 90, 90);
fill(10,50,30,30);
rect(47, 0, 90, 90);
fill(0,20,30,40);
rect(110, 200, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(220, 300, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(280, 100, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(80, 50, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(3, 10, 90, 90);
fill(10,50,30,30);
rect(47, 0, 90, 90);

fill(90,20,30,40);
rect(110, 200, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(220, 300, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(280, 100, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(80, 50, 90, 90);
fill(90,20,30,40);
rect(3, 10, 90, 90);
fill(10,50,30,30);
rect(47, 0, 90, 90);

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Resenha: Teoria por detrás do objeto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
PLÁSTICA E EXPRESSÃO GRÁFICA
30 ABR. 2009
YAÇANA MARIA DA COSTA S. S. LIMA

RESENHA: TEORIA POR DETRÁS DO OBJETO

Flusser, V., Ficções Filosóficas, São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.

A discussão sobre o que é o objeto é o tema central do texto “Design: Obstáculo para a remoção de obstáculos” de Vilém Flusser. Esse texto é uma mistura de filosofia e teoria, na qual o autor explora questões intrigantes que envolvem o mundo animado e o inerte.

É criado um fluxo de consciência que conduz o leitor em uma “viagem sinuosa”, passando por caminhos onde parar para refletir é essencial. Dando destaque para a análise argumentativa, Flusser discorre sobre os conflitos causados pelos temas e explica de forma lógica como esclarecer as contradições.

Nesse texto o objeto ganha ênfase e é explorado desde sua “raiz” até as conseqüências geradas a quem o utiliza. A interferência dele na vida das pessoas começa já na fase de concepção das idéias. O ego do projetista tende a valorizar o que mais lhe agrada; esse é o processo no qual há liberdade de inovar e criar, porém deve haver moderação para que essa liberdade não gere objetos causadores de obstáculos excessivos.

Tentar produzir o próprio objeto é uma maneira de avançar na escala de gradação, mas mesmo tendo em mãos o projeto próprio sempre haverá alguém que o interprete como desnecessário. Logo, o caminho a seguir é criar algo que seja aceito por uma maior parcela das pessoas.

É inevitável o surgimento de obstáculos, contudo isso não é algo retrógrado. Eles só contribuem para o desenvolvimento, pois só há meio de crescer se houver dificuldade. Assim se aprende com os erros e se evolui solucionando os obstáculos encontrados.

Outro trajeto feito pelo texto de Flusser passa pelo objeto imaterial. Esse conceito interliga-se a uma nova liberdade, na qual o uso depende da concepção do objeto, mas não de sua existência concreta. Essa situação incita a idéia de interferência pessoal, pois algo imaterial não pode gerar influência direta a alguém, porém ao mesmo tempo pode restringir a liberdade alheia. Cria-se, portanto mais um conflito que, assim como os outros, não pode ser solucionado totalmente.

Flusser expõe os caminhos e os destinos. Cabe ao leitor decidir, sob influência da cultura na qual está imerso, qual rota percorrer para gerar menos transtornos, mais benefícios e maiores avanços quando se trata do objeto.

sábado, 2 de maio de 2009

Objeto Interativo: Comentário final

O processo de criação, desenvolvimento e montagem do objeto foi bastante trabalhoso, já que vários problemas surgiram no decorrer da execução.

A ideia inicial não pode ser concluída, entretanto acho que o resultado que obtive alterando alguns componentes foi até melhor do que o inicial.

Pude perceber que quando temos uma ideia não conseguimos imaginar exatamente o grau de complexidade que ela possui. No começo achei que faria o trabalho em um dia, mas gastei longos cinco dias para terminá-lo; sem contar as muitas horas gastas pensando na elaboração da estrutura e do funcionamento do objeto.

Montando o Objeto Interativo



O objeto em funcionamento fica assim. Consegui,depois de muito trabalho, criar o efeito de luz desejado.
As luzes são independentes e também são acionadas aleatoriamente, pois depende da posição dos alfinetes sobre a placa. Como são de metal eles conduzem a atração do imã e então acionam o hit switch.

Montando o Objeto Interativo





Essa é a parte superior do objeto. Para isolar os alfinetes usei duas placas circulares feitas de acetato. A placa inferior foi lixada em movimentos circulares pequenos, logo em seguida vieram os alfinetes e por cima outra placa lixada agora com movimentos circulares grandes.

Montando o Objeto Interativo



Depois parti para a finalização. Esse é o retrato final do objeto interativo.

Montando o Objeto Interativo



Os fios que ligavam as lanterninhas aos hit switchs foram pintados de branco para ficarem camuflados dentro do objeto.

Montando o Objeto Interativo



Depois começou a montagem do objeto. Na base coloquei feltro para poder abrir se precisar. O resto foi colado com cola quente. Tentei colar com silicone para dar melhor acabamento, mas não deu certo.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Montando o Objeto Interativo




A opção que mais me agradou foi utilizar alfinetes de metal e argolinhas coloridas. O efeito gerado lembra os bichinhos formados a partir das letras da máquina de escrever da mostra de Arte Cibernética do museu Inimá de Paula. Quando o imã se aproxima forma-se uma estrutura parecida com a dos bichinhos, pois os alfinetes viram "patas" e quando se move o imã essas patas se movimentam também.

Montando o Objeto Interativo




Depois testei a ideia inicial de usar gel e fazer desenhos com imã sobre ele. Infelizmente não deu muito certo porque o gel impede o imã de se movimentar. Então comecei a pensar em novas possibilidades de materias que causariam um efeito parecido.

Montando o Objeto Interativo




Em seguida montei a parte elétrica. Usei duas lanternas de leds e dois hit switch( não sei se é assim que escreve). As lanternas foram cobertas com papel celofane para ficarem da cor que eu queria: rosa e verde, as "cores temáticas" do meu objeto.

Montando o Objeto Interativo



Coloquei tudo no sol para a secagem ser mais rápida. Várias camadas de tinta foram aplicadas na tentativa de deixar a pintura mais homogênea.

Montando o Objeto Interativo



O próximo passo foi definir as formas e começar a pintá-las. Foram utilizados: um copo plástico, uma embalagem de doce e uma tampa de microondas como estrutura para o objeto. Por dentro pintei de branco e por fora de preto.

Montando o Objeto Interativo



Esse foi o início de tudo: muitos materiais e muitas ideias..

terça-feira, 28 de abril de 2009

Impressões de Inhotim



Chris Burden - Samson, catraca, engrenagem de rodas dentadas, tira de couro, macaco mecânico, toras de madeira e placas de aço, dimensões variáveis, 1985. Foto: Eduardo Eckenfels

Impressões de Inhotim

O Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, foi criado em 2005. Lá se encontra a mescla da arte com a natureza, pois além do acervo de arte contemporânea há também uma variada coleção botânica no local.

A arte nacional e internacional é exposta de diversas formas, dentre elas, pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e vídeos. As galerias dispostas pelo espaço do instituto recebem cada uma, exposições de diferentes artistas.

Uma dessas é a Galeria Lago onde há, na sala de entrada, a obra Samson, do artista norte-americano Chris Burden. Essa obra me chamou atenção por criticar e questionar o ambiente destinado à exposição das obras. O artista tenta “destruir” as paredes do museu causando uma tensão implícita e fazendo-nos refletir sobre essa ação.

De fato a arte não deve ficar restrita a museus ou a galerias, pois todos devemos ter acesso a ela para que o nosso conhecimento seja ampliado. Quando o artista tenta “quebrar as paredes” com sua obra ele cria um conceito, no qual podemos absorver a arte em qualquer ambiente.

Esse conceito é uma das essências de Inhotim, pois há exposições externas às galerias, o que nos dá a oportunidade de experimentar a combinação arte-natureza e assim termos novas e diferentes sensações que são distintas daquelas vividas dentro dos museus tradicionais.

O vínculo com a inovação, presente em Inhotim, faz dele um lugar com grande potencial para experimentação de novas idéias, porque há a possibilidade de criar, criticar e vivenciar inúmeras situações nos ambientes lá oferecidos. Espero poder usufruir de todo esse potencial e voltar de lá com um bom acréscimo em meu conhecimento empírico e cognitivo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Visita ao Museu Inimá de Paula


MUSEU INIMÁ DE PAULA

A mostra de arte cibernética no museu Inimá de Paula é bastante interessante. Evidencia-se o contraste entre a arte “tradicional” de Inimá e os objetos expostos nessa mostra.

A tecnologia explorada nas obras de arte é associada à interatividade já que a maioria delas pode ser manipulada pelo observador. Isso torna a visita ao museu algo envolvente, pois ao interferir no objeto tem-se uma sensação de maior contato com a arte. Assim cada pessoa pode criar sua própria experiência pelo museu.

Cada elemento exposto explora a percepção do visitante uma forma distinta. A escada digital "brinca" com a noção de espaço já que quando se move sobre aquele anteparo escutam-se os sons próprios de um movimento em uma escada, logo se tem a ilusão de estar em outro ambiente distinto do museu.

Outro objeto que chama atenção é a máquina de escrever já que as letras ganham vida. Essa máquina dá margem a muitas questões como, por exemplo, o poder que se tem ao manipular as palavras e o que estas podem gerar a quem as escreve. Os bichos que “nascem” das letras também se alimentam delas, mostrando talvez a dependência que o homem tem perante as palavras.

As demais obras também criam outras sensações, mas de uma forma geral pode-se concluir que a influência da tecnologia na arte torna-a mais rica e ajuda a melhorar o contato entre o visitante e os objetos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Performance e Hertzberger

Minha dupla foi a Fernanda Lima, criamos uma imagem com base nos preceitos do livro Lições de Arquitetura. Utilizamos como base uma foto que tinha a areia, essência da nossa performance, e a partir dessa foto fomos acrescentando novos elementos até que fosse criado uma "unidade na imagem". Para isso colocamos duas fotos da performance na qual os componentes do grupo estavam, uma imagem do livro Lições de Arquitetura e uma citação do mesmo livro, com isso queríamos repesentar a relação existente entre performance e Hertzberger. Também realçamos o brilho da chama da vela para remeter à questão de que na performance o surgimento de novas ideias e novos conceitos foi marcante no decorrer e após a apresentação da performance.

O programa utilizado foi o photoshop, com ele giramos as fotos, trabalhamos a opacidade para que houvesse uma maior harmonia de cores, acrescentamos o texto, demos destaque à areia, colocamos a luminosidade maior na vela... e mais uma série de outras coisas! hehe

quarta-feira, 25 de março de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

Le Parkour: agilidade com obstáculos

A arte de praticar parkour surgiu na França. Com essa atividade o modo usufruir dos espaços foi drasticamnte alterado. Um dos princípios desse movimento é utilizar o ambiente de forma não-convencional, de modo que muros, escadas, rampas e demais estruturas são tidas como obstáculos a serem superados.

Não há a utilização de intrumentos no parkour. Somente o corpo funciona como base para impulso e demais movimentos. Dessa forma há o desenvolvimento de técnicas que permitem ao indivíduo adepto a contornar esses locais que eram antes inacessíveis. O parkour requer bastante treino e disciplina para se obter êxito.

Com essa alteração na forma de ver a cidade ou outro ambiente utilizado para a prática desse exécicio nota-se que a superação das barreiras interfere também no pensamento da pessoa, pois diante da possibilidade de ir a novos espaços ela cria novas referências para seus limites e passa a entender o funcionamento das estruturas a sua volta de forma diferente.
Teoria da Deriva

Inspirada nos preceitos do situacionismo, a teoria da deriva, de autoria do pensador Guy Debord, reinventa o modo de ver a vida com base nas experiências que temos.

Essa distinta forma de pensar nos leva ao questionamento de porquê seguimos por tal caminho ao invés de outro qualquer. Ela relaciona essa deriva pelos nossos percursos com o sentimentos que absorvemos de cada ambiente de forma que somos influenciados por aquilo que sentimos por determinado caminho, o que nos faz seguir ou não por ele.

Uma das frases do movimento situacionista sintetiza bem a ideia da deriva:"Se a poesia está extinta nos livros, agora existe na forma das cidades, está estampada nos rostos. E não se deve buscá-la apenas onde está: é necessário construir a beleza das cidades, dos rostos: a nova beleza será DE SITUAÇÃO"

A valorização da poesia na estrutura da cidade mostra como a teoria da deriva busca transformar a arquitetura, de modo que o transeunte é o próprio interventor e, de posse desse artifício ele pode decidir por onde caminhar. Assim, a partir das próprias motivações criadas pela cidade ou por determinado espaços, o indíviduo estimula seu pensamento a decidir o melhor destino a ser percorrido.
A arte de flanar

Em tempos de capitalismo e alta tecnologia, ser um flanêur é algo atípico.Todos buscam o progresso e a melhoria de vida, para isso o trabalho frenético e o excesso de compromissos são indispensáveis. Com isso, flanar por aí tornou-se atividade para poucos.

Alguns consideram esse ato como apenas andar sem se preocupar com o destino, sendo portanto pouco relevante. Entretanto, alguns pensadores como Walter Benjamin, tratam essa atividade com bastante estima. Eles veem nela a oportunidade de aumentar a sensibilidade com o mundo, percebendo então particularidades do cotidiano que, muitas vezes passam despercebidas em nossa vida cheia de afazeres. Assimilar as diferenças das ruas, das pessoas e da rotina da urbe faz com que o flanêur viva um deslumbramento indescritível.

No livro " A alma Encantadora das Ruas" de João do Rio há uma série de crônicas jornalísticas, nas quais a vida de um flanêur pelas ruas do subúrbio do Rio de Janeiro é contada com bastante influência poética.Ter a experiêcia sensorial de um flanêur não só aumenta nosso conhecimento sobre mundo como também nos revela o lado idílico da vida. Flanar se torna imprescindível para entender tudo o que nos cerca, pois a partir dessa percepção nos integramos à infinidade de minúcias presentes nesse mundo.
Há tempos que busco esse sonho. Hoje pude ter o privilégio de me tornar uma aluna da UFMG.
A primeira impressão foi de extrema receptividade. Como início de curso, foi pedido para fazermos esse blog e aqui mostrar nossa evolução durante a aprendizagem da Arquitetura.